Um Dia na Floresta...

Um dia na Floresta...


Numa aldeiazinha bem distante da cidade, morava uma menina que era muito especial.Seu nome era Joana. Joana era alegre, tinha um lindo sorriso, gostava de brincar e estava sempre pronta pra ajudar. As crianças da aldeia viviam correndo atrás dela, chamando-a pra subir em árvores, nadar no rio ou correr pela floresta. Joana brincava, brincava, e todos ficavam felizes.


Um dia o grande Pajé chamado Tucumã, convidou todos os moradores da aldeia para dar um aviso. Ele disse que havia recebido um comunicado dos céus... o Deus da Chuva estava muito triste com as pessoas aqui na Terra, sendo assim, Ele não ia mais mandar chuva pra cá. As pessoas não eram agradecidas por tudo que recebiam da grande Mãe Natureza e estavam cuidando muito mal dela.


O Deus da Chuva estava certo. As pessoas estavam tão envolvidas com seus afazeres pra ganharem dinheiro, que esqueceram das coisas mais simples. Os homens não olhavam mais uns para os outros. Cada um cuidava de si, quando mais, de sua família...

Na aldeia, as pessoas ficaram preocupadas e começaram a tentar encontrar uma solução...

_ Vamos racionar a água. Disse um dos indiozinhos.

_Não! Vamos vendê-la para os homens da cidade. Disse outro indiozinho.

E durante toda aquela tarde, as pessoas da aldeia ficaram tentando encontrar um jeito de mudar essa catástrofe.

As crianças começaram a chorar imaginando como seria ficarem sem ver os pingos da chuva furarem as águas do rio e lavarem as folhas das plantas, que adoravam tomar banho!


No dia seguinte, os trabalhos na aldeia continuaram como de costume, mas as pessoas comentavam assustadas, a notícia tão recente.

Joana acordou pensativa, e sem falar com ninguém dirigiu-se a um lugar secreto da aldeia, que costumava ir quando queria conversar com a Mãe Natureza. Este lugar ficava no coração da floresta. Tinha as árvores mais altas que ela conhecera. A terra era dourada e os raios de sol teciam uma linda teia, que junto com o orvalho criavam inúmeros arco- íris.

A indiazinha sentou-se no chão e orou:

_ “Mãe Natureza, peça ao Deus da Chuva para desculpar as pessoas. Elas ainda não cresceram, não sabem o que estão fazendo. Não nos deixe sem água, pois ela é a fonte da vida. Olhe para as plantinhas, são tão inocentes. Os animais também são. Eles não destroem você, mas serão destruídos por inconseqüência das pessoas que pensam que são inteligentes.

Mãezinha, tenho uma idéia! Mande alguns anjinhos do céu pra ensinar aos homens, que nós e você somos uma coisa só. Eu posso ajudar esses anjinhos. Tenho certeza que meus amiguinhos também irão ajudar. Todos nós aqui da aldeia, amamos você. Por favor, Mãezinha!”


Nesse instante a menina levantou e começou a dançar cantando assim:

♪♫♪ Deus da Chuva 

lava meus pezinhos 

que estão sujinhos 

de tanto brincar

Molha as plantinhas

Que estão com sede

Ficando fracas 

Querendo chorar

Deus bonitinho

Vou te ajudar

E essas pessoas

Que não sabem nada

Eu vou ensinar

Que a natureza é viva

E sem ela não teremos 

onde morar! ♪♫♪

Nesse instante, os índios que trabalhavam perto, começaram a ouvi-la cantar e todos correram e cantaram com ela. O vento passou levando o som da música para toda a aldeia...

Alguns minutos passaram e a chuva começa a cair fraquinha. Todos correm para o coração da floresta cantando e dançando com a indiazinha. A chuva vai apertando e logo, logo, ela cai pesada e linda!

Os passarinhos correm para suas casas e os animais se abrigam felizes. As plantinhas dançam com o vento e todos voltam para suas ocas.

O Deus da Chuva, então, manda outro recado. Agora ele diz que vai continuar mandando a chuva para a água nunca acabar, e a Mãe Natureza, mandará os anjos que irão ensinar o Homem a viver.

Esses anjinhos estão chegando em todas as famílias, mas eles estão disfarçados para não serem descobertos. Cada família receberá o seu. Em pouco tempo a Terra estará cheia deles.

O trabalho será difícil, mas sabem como é, né? Anjo é Anjo...


Até mais coleguinhas!




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