sábado, 22 de junho de 2013

A História do Cedilha


Um dia no mundo das letrinhas aconteceu uma coisa muito estranha.
A consoante C saiu à tardinha escondida das outras letrinhas, para ir até o mar ver o sol se refrescar no horizonte.
Ele chamou seus amigos, a letra R e L, para irem com ele, mas os dois amigos disseram que não podiam ir por que era muito perigoso.  
Teimoso como era não quis saber e foi sozinho, escondido até do seu irmão gêmeo.
Quando chegou ao mar, sentou-se na areia e ficou admirando o belo momento em que o sol desce devagar e encontra o mar. 
Dizem que dá para ouvir o barulhinho do sol esfriando, chiiiiiiiiiiiiii....
O C ficou tão alegre que começou a pular, rolar na areia e sem que ele esperasse, um anzol o espetou !

_ Aiiiiiii!!! Que dor! Disse ele chorando.Como vou fazer para tirar esse anzol?

Ele correu com o anzol pendurado, até que chegou à casa das vogais.
_ Olá, como vão? Estou com um problema, preciso da ajuda de vocês. Tenho um anzol agarrado em mim, ajudem-me a tirá-lo, por favor!

Com um pouco de desdém as vogais E e I disseram que não o ajudariam, pois eles não estavam dispostos .  Então as outras vogais se juntaram e tentaram de todas as formas tirarem o anzol, mas não conseguiram. 
Levaram-no até um pescador famoso e honesto da região e pediram a ajuda dele, mas ele também não pode ajudar. O anzol entrou de um jeito, fazendo uma curva tão redondinha, que seria impossível retirá-lo.
O C sentou e chorou muito, não por estar sentindo dor, mas por ter ficado com uma caudinha e ele sabia que as outras letrinhas iam rir muito dele. Principalmente, porque ele foi desobediente.
As vogais o levaram em casa e ajudaram a contar a novidade para seus amigos e parentes.
Seu irmão gêmeo  danou de rir, e falou que ele sempre foi muito fraquinho, agora com um anzol preso no corpo, ficaria ainda mais fraco, aliás ficaria muito parecido com o S.

Seus amiguinhos A, O e U, resolveram escolher um apelido pra ele e depois de algum tempo e umas boas discussões chegaram a uma conclusão: o apelido dele seria, cedilha! . Isso mesmo C cedilha!
E depois de todo esse contratempo, as vogais, A, O, e U, ficaram tão amigas dele que nunca mais o largaram. Estão sempre juntos, passeando em algumas palavras. Só que o Ç é tão tímido, que ele nunca vem na frente de nenhuma palavrinha. Ele está sempre no meio ou no final, na última sílaba. E vem sempre, sempre de mãozinha dada com um de seus amiguinhos.
Ah, tem dias que o U fica cansadinho e não quer brincar, aí o A e O saem com o  Ç, embaixo de uma cobrinha que se chama til.

Então pra não esquecer:

O Ç só fica de mãozinha dada com os amiguinhos A, O, U.
Quando o U tá cansadinho, os outros saem com o til para brincar.
O Ç é muito envergonhado, por isso está sempre nas sílabas do meio ou do final das palavrinhas, nunca no início.
O R, L, E, I, não são amiguinhos dele só da letrinha C.
E nosso querido Ç, tem o som fraquinho como da letra S.

Por hoje é só, amanhã tem mais!
Sandra Amorim



6 comentários:

  1. tia sandra clara e lulu bjs tenho que ir
    eu te amo love

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    Respostas
    1. Oi minhas lindas! Passeando por aqui? Que alegria! Obrigada pela visita de vocês. Beijinho azul.

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  2. Historinha linda. Parabéns! Irei usar numa microaula, mas, claro, citando a fonte.

    Pergunta: a autora desta historinha é você?

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  3. Gente, que maravilha!!! Eu amei ❤❤

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Olá! Adorei sua visita! Deixe um recadinho para mim, ficarei alegre com sua opinião. Beijinhos de luz!!!!