Um dia no mundo das letrinhas aconteceu uma coisa muito
estranha.
A consoante C saiu à tardinha escondida das outras letrinhas,
para ir até o mar ver o sol se refrescar no horizonte.
Ele chamou seus amigos, a letra R e L, para irem com
ele, mas os dois amigos disseram que não podiam ir por que era muito perigoso.
Teimoso como era não quis saber e foi sozinho,
escondido até do seu irmão gêmeo.
Quando chegou ao mar, sentou-se na areia e ficou admirando o
belo momento em que o sol desce devagar e encontra o mar.
Dizem que dá para
ouvir o barulhinho do sol esfriando, chiiiiiiiiiiiiii....
O C ficou tão alegre que começou a pular, rolar na areia e
sem que ele esperasse, um anzol o espetou !
_ Aiiiiiii!!! Que dor! Disse ele chorando.Como vou fazer para tirar esse anzol?
Ele correu com o anzol pendurado, até que chegou à casa das
vogais.
_ Olá, como vão? Estou com um problema, preciso da ajuda de
vocês. Tenho um anzol agarrado em mim, ajudem-me a tirá-lo, por favor!
Com um pouco de desdém as vogais E e I disseram que não o
ajudariam, pois eles não estavam dispostos .
Então as outras vogais se juntaram e tentaram de todas as formas tirarem
o anzol, mas não conseguiram.
Levaram-no até um pescador famoso e honesto da
região e pediram a ajuda dele, mas ele também não pode ajudar. O anzol entrou
de um jeito, fazendo uma curva tão redondinha, que seria impossível retirá-lo.
O C sentou e chorou muito, não por estar sentindo dor, mas
por ter ficado com uma caudinha e ele sabia que as outras letrinhas iam rir
muito dele. Principalmente, porque ele foi desobediente.
As vogais o levaram em casa e ajudaram a contar a
novidade para seus amigos e parentes.
Seu irmão gêmeo danou
de rir, e falou que ele sempre foi muito fraquinho, agora com um anzol preso no
corpo, ficaria ainda mais fraco, aliás ficaria muito parecido com o S.
Seus amiguinhos A, O e U, resolveram escolher um apelido pra
ele e depois de algum tempo e umas boas discussões chegaram a uma conclusão: o
apelido dele seria, cedilha! . Isso mesmo C cedilha!
E depois de todo esse contratempo, as vogais, A, O, e U,
ficaram tão amigas dele que nunca mais o largaram. Estão sempre juntos,
passeando em algumas palavras. Só que o Ç é tão tímido, que ele nunca vem na
frente de nenhuma palavrinha. Ele está sempre no meio ou no final, na última
sílaba. E vem sempre, sempre de mãozinha dada com um de seus amiguinhos.
Ah, tem dias que o U fica cansadinho e não quer brincar, aí
o A e O saem com o Ç, embaixo de uma
cobrinha que se chama til.
Então pra não esquecer:
O Ç só fica de mãozinha dada com os amiguinhos A, O, U.
Quando o U tá cansadinho, os outros saem com o til para
brincar.
O Ç é muito envergonhado, por isso está sempre nas sílabas
do meio ou do final das palavrinhas, nunca no início.
O R, L, E, I, não são amiguinhos dele só da letrinha C.
E nosso querido Ç, tem o som fraquinho como da letra S.
Por hoje é só, amanhã tem mais!
Sandra Amorim
tia sandra clara e lulu bjs tenho que ir
ResponderExcluireu te amo love
Oi minhas lindas! Passeando por aqui? Que alegria! Obrigada pela visita de vocês. Beijinho azul.
ExcluirHistorinha linda. Parabéns! Irei usar numa microaula, mas, claro, citando a fonte.
ResponderExcluirPergunta: a autora desta historinha é você?
Olá! Sim sou eu a autora.
ExcluirGostei
ResponderExcluirGente, que maravilha!!! Eu amei ❤❤
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